Por Mônica Francisco – Jornal do Brasil |
Há uma apreensão no que se refere ao futuro das políticas públicas na área da segurança. Os conflitos começam a ter espaços cada vez menores em seus intervalos e ampliado o medo e a insegurança.
As constantes violações dos direitos humanos nas áreas de favela são cada vez menos avaliadas de maneira séria e com o cuidado que merecem por parte do estado. Não adianta por um lado somente aumentar contingentes e por outro punir “desvios” que não têm nenhuma cara de desvio, mas sinalizam para quem vive nestas áreas, conduta cristalizada e recorrente.
Já disse aqui, ou melhor, escrevi aqui, que devemos buscar intensificar os diálogos, assim, no plural mesmo, entre a população, as instituições e o Estado, para que soluções, ou pelo menos alguns caminhos para ela, sejam encontrados.
Não se constrói nada sozinho, e sabemos que projetos onde a sociedade, onde a população envolvida e alvo das ações propostas, não são envolvidas de maneira honesta, a tendência é o fracasso.
Façamos uma reflexão, todos nós, trabalhemos juntos para que vidas preciosas não sejam desperdiçadas e construamos uma sociedade mais igual e mais justa para todos e todas nós.
* Mônica Santos Francisco – Consultora na ONG ASPLANDE, Colunista no Jornal do Brasil. Coordenadora do Grupo Arteiras